quarta-feira, 15 de junho de 2011

Lembram do coelhinho branquinho? Mas nem todos são assim! Conheçam um coelhinho diferente lendo mais um artigo da CHC de Abril de 2010! E adivinhe só! Ele também está em extinção.






























Muito prazer, eu sou o tapiti!

Nessa Páscoa, conheça uma espécie de coelho diferente, encontrada em várias partes do Brasil

Bicho de hábitos noturnos, o tapiti é menor do que as espécies de coelho mais conhecidas, como a lebre europeia. Seus olhos são escuros, mas, nesta imagem, parecem vermelhos por causa do flash da máquina fotográfica (foto: Luciano Leone).
Nem olhos vermelhos, nem pelo branquinho. Mas, ainda assim, ele é coelhinho! Habitante de florestas da América Central e do Sul, o tapiti é uma espécie de coelho pouco conhecida. Mesmo sendo encontrado em várias partes do Brasil, esse animal pequeno, de cor castanha com tons alaranjados, olhos escuros e orelhas curtas não é famoso a ponto de receber pedidos de ovos de Páscoa. Apesar disso, vale a pena conhecê-lo!

Bicho de hábitos noturnos, o tapiti faz a sua própria toca escavando o solo. Ali tem seus filhotes, que nascem frágeis, sem pelos e de olhos fechados. A cada gestação, a mamãe tapiti tem, em geral, quatro coelhos e, para eles, prepara um ninho macio, feito com vegetação e com o seu próprio pelo. Um lar confortável e, principalmente, seguro para os pequenos tapitis. Afinal, nunca se sabe quando alguns dos predadores da espécie, como a jaguatirica e o lobo-guará, estarão à espreita, não é mesmo?

Em risco

A má notícia, porém, é que os tapitis estão desaparecendo de várias regiões do país. “Com a destruição de florestas e outros tipos de vegetação nativa, para uso na agricultura e criação de animais domésticos, os ambientes do tapiti têm sido devastados”, conta o médico veterinário Walfrido Tomas, pesquisador da Embrapa do Pantanal. Assim, é cada vez mais difícil observar os tapitis ao longo de estradas durante a noite.

Mas não se engane: apesar de nem sempre ser fácil encontrar esses bichos, ainda existem muitos pelo Brasil. Se você der a sorte de cruzar com um deles antes do domingo de Páscoa, pode experimentar pedir um ovo de chocolate. Como o tapiti só se alimenta de capim, brotos e frutos, aposto que não se importaria em dar a você um doce desse tipo que encontrasse dando sopa por aí!

Debora Antunes
Instituto Ciência Hoje/RJ

Quer conhecer uma espécie de borboleta em extinção no Brasil e saber mais sobre sua metamorfose? Então leia o artigo de Outubro de 2010 da CHC que se segue...

Vida de borboleta
Espécie que vive apenas no Brasil está ameaçada de extinção


Procura-se!
Nome científico:
Parides ascanius.
Nome popular: borboleta-da-praia.
Tamanho: cerca de 4,5 centímetros.
Local onde é encontrado: Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, principalmente entre as cidades de Itaguaí e de Atafona; e em alguns pontos do sul do Espírito Santo.
Hábitat: riachos, brejos, pântanos e áreas de restinga.
Motivo da busca: animal ameaçado de extinção

Vida de borboleta
A borboleta-da-praia é encontrada somente no Brasil (foto: Sávio Freire Bruno).
Há milhares de borboletas no mundo. Mas algumas delas só ocorrem no Brasil. É o caso da borboleta-da-praia. Seu corpo alongado sustenta quatro belas asas negras e brancas, com desenhos avermelhados. Mas antes de se transformar neste belo animal do cartaz, que visita flores e embeleza a paisagem, ela tem uma longa história de vida para contar.

Tudo começa com a postura dos ovos, cerca de cem, que a borboleta-da-praia põe sobre as folhas de uma trepadeira conhecida como jarrinha. Quando esses ovos eclodem, sai de cada um deles uma lagarta, que se alimenta das folhas da jarrinha.

Após 60 dias, a lagarta para de comer e tece um casulo em torno de si, transformando-se em pupa. Dentro do casulo ocorre um fenômeno conhecido como metamorfose. Em três semanas, uma linda borboleta surge de seu interior. Seu ciclo de vida é breve: termina logo após a reprodução e postura dos ovos, o que leva em média 25 dias.

Quer saber por que a borboleta-da-praia só coloca os seus ovos em folhas e galhos da jarrinha ou bem próximos a ela? Porque essa planta possui uma substância chamada lantanina, que, apesar de ser bastante tóxica para outras espécies, mais tarde se torna o escudo protetor do animal na natureza. As lagartas, ao se alimentarem da planta, armazenam a lantanina em seu corpo, e a substância permanece no organismo do animal mesmo depois de se transformar em borboleta. Os animais que gostam de comer borboletas, como alguns pássaros, evitam comer essa espécie, pelo horrível e inesquecível sabor amargo de seu corpo. Assim, ela está protegida dos predadores.

Galeria dos bichos ameaçados: borboleta-da-praia
(Ilustração: Mario Bag).
Mas é por depender exclusivamente da jarrinha para garantir sua reprodução que a borboleta-da-praia corre risco de extinção. As planícies úmidas do estado do Rio de Janeiro — como brejos e pântanos onde esta planta se desenvolve — têm sofrido grandes transformações, principalmente pela destruição da vegetação nativa dessas baixadas. Para piorar, as áreas de restinga próximas à praia, onde a jarrinha também cresce, estão acabando por dar lugar a condomínios de casas e apartamentos. Além disso, a espécie foi, ao longo da História, caçada para compor quadros e outros objetos decorativos. Não seria muito melhor se a borboleta-da-praia pudesse voar livremente?

Sávio Freire Bruno e Ana Luiza MelloSetor de Animais Silvestres
Universidade Federal Fluminense

Voce sabia que as borboletas existem por causa dos morcegos? Decubra o motivo lendo esse artigo da revista CHC! E não se esqueça de comentá-lo, ok? Sua opinião é fundamental para nós!

O superouvido das borboletas
Um aliado da espécie contra os predadores!

Por mais incrível que pareça, as borboletas existem por causa dos morcegos. Essa teoria surgiu depois que a pesquisadora canadense Jane Yack encontrou ouvidos detectores de morcegos nesses insetos. Além de comprovar que há milhões de anos certas mariposas trocaram a noite pelo dia, ou seja, tornaram-se borboletas, essa descoberta revelou também a razão dessa mudança. Esse grupo de insetos estava fugindo de seus predadores.

Segundo Jane Yack, todas as mariposas possuem ouvidos sensíveis aos ruídos dos morcegos. E ao perceberem a presença desses animais, elas ficam transtornadas e voam sem nenhuma direção. Mas o que surpreendeu a pesquisadora foi encontrar esse órgão num grupo de borboletas primitivas chamadas hedyloidea. Como a maioria das borboletas voa durante o dia, não se imaginava que elas tivessem ouvidos especiais para captar gritos de morcegos, que são animais noturnos.

As borboletas hedyloideas parecem mariposas. Elas vivem nos Trópicos e têm cerca de 2,5 cm. Foto cedida pela pesquisadora Jayne Yack (Universidade de Carleton, Canadá).

A pesquisadora observou que essa espécie de borboleta tem uma estrutura na frente da asa frontal que parece com um ouvido. No final do canal auditivo tem uma membrana bem fina, o "tímpano", estendida sobre uma base rígida. Essa membrana é fininha para registrar os sons extremamente agudos - como os emitidos pelos morcegos. E é tão frágil que se rompe ao ser tocada por um simples cílio.

Para comprovar a sensibilidade do ouvido recém descoberto dessas borboletas primitivas a pesquisadora resolveu ir para o Panamá, habitat dessa espécie. Logo que avistou as borboletas, a cientista ligou um aparelho que emite sons parecidos com os dos morcegos e filmou a reação delas. Os insetos ficaram desnorteados e voaram até 4 vezes mais rápido. Exatamente como as mariposas.

Depois, Jane resolveu testar o aparelho com algumas borboletas que tiveram os ouvidos removidos. E, como já era previsto, não tiveram nenhuma reação.

Daniele Castro

Instituto Ciência Hoje/RJ.

Alunos observando e comparando figuras de animais com o objetivo de separá-las nas 5 classes dos verterbrados.

Essa atividade foi realizada ANTES da apresentação das características de cada classe.
A partir dos questionamentos e das dúvidas dos alunos, o bloco da classificação dos seres vivos foi desenvolvido.

CONTO COM OS COMENTÁRIOS DE VOCES, HEIN?!